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23.9.11

Tabu quebrado:



DENÚNCIA DE CORRUPÇÃO NA JUSTIÇA. 
 
Repassando...do amigo Rafael Teodoro, lutador pela justiça na Justiça.


O Judiciário é, seguramente, por ter menor transparência  junto à sociedade, o Poder mais corrupto. Até agora, a maior parte da imprensa, por medo de represálias, só aponta casos de corrupção no Executivo e no Legislativo.


A corrupção na Justiça
O Estado de S. Paulo  11/08/2011


Elaborado com base nas inspeções feitas pela Corregedoria Nacional de Justiça e divulgado pelo jornal Valor, o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as irregularidades cometidas pela magistratura nas diferentes instâncias e braços especializados do Judiciário mostra que a instituição pouco difere do Executivo em matéria de apropriação indébita e malversação de dinheiro público, de mordomia, nepotismo e fisiologismo, de corrupção, enfim as maracutaias são tantas que é praticamente impossível identificar o tribunal com os problemas mais graves. Em quase todos, os corregedores do CNJ constataramcentenas de casos de desvio de conduta, fraude e estelionato, tais como negociação de sentenças, venda de liminares, manipulação na distribuição de processos, grilagem de terras, favorecimento na liberação de precatórios, contratos ilegais e malversação de dinheiro público.

No Pará, o CNJ detectou a contratação de bufês para festas de confraternização de juízes pagas com dinheiro do contribuinte.

No Espírito Santo, foram descobertos a contratação de um serviço de degustação de cafés finos e o pagamento de 13.º salário a servidores judiciais exonerados. Na Paraíba e em Pernambuco, foram encontradas associações de mulheres de desembargadores explorando serviços de estacionamento em fóruns. Ainda em Pernambuco, o CNJ constatou 384 servidores contratados sem concurso público - quase todos lotados nos gabinetes dos desembargadores. NoCeará, o Tribunal de Justiça foi ainda mais longe, contratando advogados para ajudar os desembargadores a prolatar sentenças. No Maranhão, 7 dos 9 juízes que atuavam nas varas cíveis de São Luís foram afastados, depois de terem sido acusados de favorecer quadrilhas especializadas em golpes contra bancos. Entre as entidades ligadas a magistrados que gerenciam recursos da corporação e serviços na Justiça, as situações mais críticas foram encontradas nos Tribunais de Justiça daBahia e de Mato Grosso e no Distrito Federal, onde foi desmontado um esquema fraudulento de obtenção de empréstimos bancários criado pela Associação dos Juízes Federais da 1.ª Região. Em alguns Estados do Nordeste, a Justiça local negociou com a Assembleia Legislativa a aprovação de vantagens funcionais que haviam sido proibidas pelo CNJ. Em Alagoas, foi constatado o pagamento em dobro para um cidadão que recebia como contratado por uma empresa terceirizada para prestar serviços no mesmo tribunal em que atuava como servidor. O balanço das fiscalizações feitas pela Corregedoria Nacional de Justiça é uma resposta aos setores da magistratura que mais se opuseram à criação do CNJ, há seis anos. Esses setores alegavam que o controle externo do Judiciário comprometeria a independência da instituição e que as inspeções do CNJ seriam desnecessárias, pois repetiriam o que já vinha sendo feito pelas corregedorias judiciais. A profusão de irregularidades constatadas pela Corregedoria Nacional de Justiça evidenciou a inépcia das corregedorias, em cujo âmbito o interesse corporativo costuma prevalecer sobre o interesse público. Por isso, é no mínimo discutívela tese do presidente do STF, Cezar Peluso, de que o CNJ não pode substituir o trabalho das corregedorias e de que juízes acusados de desvio de conduta devem ser investigados sob sigilo, para que sua dignidade seja preservada. "Se o réu a gente tem de tratar bem, por que os juízes têm de sofrer um processo de exposição públicamaior que os outros? Se a punição foi aplicada de um modo reservado, apurada sem estardalhaço, o que interessa para a sociedade?", disse Peluso ao Valor.
Além de se esquecer de que juízes exercem função pública e de que não estão acima dos demais brasileiros, ao enfatizar a importância das corregedorias judiciais, o presidente do STF relega para segundo plano a triste tradição de incompetência e corporativismo que as caracteriza. Se fossem isentas e eficientes, o controle externo da Justiça não teria sido criado e os casos de corrupção não teriam atingido o nível alarmante evidenciado pelo balanço da Corregedoria Nacional de Justiça.

QUANDO NEM A JUSTIÇA MERECE RESPEITO  
O QUE MAIS FALTA ...?


REFLITA, A SOLUÇÃO DEPENDE DE NOSSA ATITUDE COMO SOCIEDADE. 

Exerça sua cidadania!! 



Um comentário:

Anônimo disse...

Acredito que a substantividade da corrupção desse país só chegou a esse ponto, porque a justiça é a sua protagonista maior. Vejam o caso tanto do Executivo qto. do Legislativo: quem age de forma inescrupulosa, desonesta, anti-ética, sofre cassação de seu mandato. Já as bandalheiras da Justiça...É necessário que se tome medidas urgentes para coibir a bandalheira e a roubalheira nos Tribunais. Não é só caçando políticos no país (de presidente a vereador) que se estará fazendo uma assepsia moral e geral na sociedade. É preciso virar o jogo antes do trilar do apito final, se não o maior perdedor é o povo brasileiro. É preciso colocar no presidio (e bem trancado) os rábulas togados dos tribunais, especialmente, os do TJE/PA, meu estado. A justiça paraense é manipulada, a partir do seu controle de poder, por um grupo liderado pelo ex-desembargador e agora conselheiro do CNJ, Milton Nobre. Vale de tudo para manter o "status quo" do poder, mesmo passando por cima das diretrizes do CNJ, no que diz respeito ao poder nesses tribunais. A justiça do Pará é A V A C A L H A D A, até a medula. É uma vergonha! É de se enaltecer a cobertura que o incansável jornalista Lucio Flávio Pinto dispensa a corrupta justiça do Pará, através do seu Jornal Pessoal. Vale a pena ler para saber o quanto o nosso tribunal há muito foi pilhado por esses pústulas de toga.