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26.10.10

Para entender a diferença entre os Projetos que disputam o Brasil nestas eleições vejam o vídeo



A eleição é apenas uma das arenas da disputa política entre Projetos de Sociedade que lutam para obter a legitimidade da nação e conquistar mais ferramentas para sua efetivação.

Ou seja, a disputa entre Projetos de Sociedade fazem parte do cotidiano da nação onde a eleição, de 4 em 4 anos, embora muito importante pelo peso do resultado no jogo da disputa, é apenas uma das arenas desta mesma disputa, em sua dimensão política.

Nesta mesma dimensão política, a disputa continuará na arena jurídica, institucional, das organizações da sociedade, nos movimentos sociais e todas as possibilidades de influência sobre as decisões que incidem sobre os fundos públicos, ou melhor, sobre o que fazer com o dinheiro público que a nação arrecada em impostos e outras fontes através do Estado.

No entanto, há ainda outras dimensões fundamentais como a econômica e a cultural. Sem perder de vista que estas 3 dimensões(política, econômica e cultural) fazem parte de uma única disputa, porém complexa e multifacetada.

Na verdade, a conquista de postos no executivo e no legislativo fazem parte de uma estratégia maior para que projetos de Sociedade, de Estado e de Desenvolvimento, acumulem instrumentos para colocar em prática suas operações e metas. É preciso compreender que os Projetos de Sociedade são constituídos pelo conjunto de propostas de solução para os problemas vividos pela população.

A compreensão de qual é a melhor solução surge da identidade entre pessoas e segmentos da nação em torno de sua visão de mundo ou filosofia, de suas convicções existenciais ou religiosas, do conjunto de informações técnicas e tecnológicas que tenham etc. Por exemplo, uma questão ideológica que se coloca historicamente como um dos maiores “divisores de águas”, posições políticas e estratégias econômicas, entre as pessoas, é a noção de igualdade entre os seres humanos.

Os que entendem que todos os seres humanos são iguais em espécie, sem exceção, entendem que estes devem possuir os mesmos direitos e oportunidades, admitindo diferenças apenas oriundas pelas escolhas próprias e livres de cada um destes mesmos seres humanos.

Já os que admitem que os seres humanos não são iguais entre si, por determinismo racial, condição de gênero, de renda ou desígnio divino, pensam em soluções onde os direitos e as oportunidades não são as mesmas entre as pessoas, absorvendo as desigualdades sociais como um elementos estruturante da sociedade.

Para se ter uma noção da complexidade da disputa de Projetos de Sociedade entre arenas e dimensões, hoje, na maioria dos países, as constituições rezam a igualdade da lei para todos. Gerando a conclusão formal de que daí os direitos são iguais para todos. No entanto, se incorporarmos a dimensão econômica, veremos que a diferença de condição de renda, por exemplo, é determinante sobre o exercício efetivo dos direitos. Em caso de dúvida reflita sobre as chances de um rico e de um pobre efetivarem seus direitos à saúde de qualidade, à educação de qualidade, à um trabalho digno, à segurança e por aí vai...

Ou seja, aqueles que pensam o Projeto de Sociedade a partir da igualdade, entre os seres humanos, conquistaram maior expressão de suas idéias na formalidade da lei, na dimensão política. No entanto, na dimensão econômica, aqueles que admitem as desigualdades sociais como estruturante de seu Projeto de Sociedade, conseguem reverter o efetivo gozo dos direitos em pé de igualdade entre seres humanos impondo a diferenciação no acesso aos direitos fundamentais proporcional à diferença da condição de renda entre eles. Recorrendo inclusive à dimensão cultural desta disputa, que faz com que um rico e um pobre sejam diferenciados quando entram em um estabelecimento econômico ou repartição pública.

Históricamente, os que pensam o mundo a partir da igualdade são qualificados politicamente como “de esquerda”, e os que admitem as desigualdades como elemento estruturante, são qualificados como “de direita”. No entanto, como o pragmatismo tem sobrepujado de muito a reflexão ideológica, hoje esta referência tem sido, no mínimo, confusa.

Vejam no vídeo abaixo o contexto atual da disputa de Projetos de Sociedade que vivemos.

http://www.youtube.com/watch?v=Ig9pE6qwzxw

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma boa notícia de Cuba. Só há corrupção entre o povo. Essa é uma das maravilhas da esquerda. Por mais corrupta que seja a população em geral, os altos dirigentes são todas de pessoas da mais alta moralidade pública.
Cuba, ano 52: uma revolução na revolução no país da fábrica de campeões
“A corrupção é rara nos escalões superiores, mas comum nos pequenos negócios. Os milhares de gerentes de lojas, restaurantes, e prestadores de serviços, freqüentemente, encontram uma maneira de desviar parte dos recursos que administram para sua conta particular e se associar ao proprietário do estabelecimento, o estado”.

http://www.porfiriolivre.info/2010/12/cuba-ano-52-uma-revolucao-na-revolucao.