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28.11.11

Rumo à Rio+20: Educação para a Sustentabilidade e por uma Democracia Ambiental e Econômica



Apesar de só se falar em Copa do Mundo em 2014 e Olmpíadas em 2016, bem antes, em junho de 2012, o Brasil sediará a Rio+20. Trata-se da mais importante conferência da ONU que reunirá governantes de mais de 200 nações para avançar as reflexões e negociações em torno de como efetivarmos no mundo o desenvolvimento sustentável, aquele que deve manter o equilíbrio entre parâmetros econômicos, ambientais e sociais para poder “garantir às futuras gerações as condições de atenderem suas demandas”.

O evento será realizado no Rio de Janeiro, mesmo local onde há 20 anos, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio92. Assim, a Rio+20 é mais um momento chave na sequência de inéditos diálogos mundiais pós II Guerra onde também estão as Conferências de Estocolmo em 1972 e de Joanesburgo em 2002 e que desde lá pauta, por consenso, a revisão das bases do modelo industrial-financeiro capitalista hegemônico no planeta mas que já demonstra em diversas frentes seu esgotamento e o impagável custo para mantê-lo com a degradação ambiental e a miséria humana. Ambos fatores que colocam a própria vida do planeta em risco.

Vem ocorrendo uma série de eventos preparatórios em todo o mundo, envolvendo governos, ong’s, empresas e muitos outros setores. Oficialmente, a diplomacia dos governos têm pautado a questão da “economia verde“, como ponto central. Mas há muito mais em jogo que pode ser ofuscado pela fabricação prévia de resultados.

Um dos elementos que podem ser ofuscado é a questão da "educação para a sustentabilidade". Focar em soluções paliativas e imediatistas é fugir de um dos fundamentos metodológicos do pensamento estratégico sustentável, a formação de novas consciências e culturas capazes de tornar as gerações vindouras mais aptas a tomarem as atitudes cotidianas que nossa geração tem tanta dificuldade de adotar como a reciclagem, por exemplo.

Esta idéia conta com um defensor de peso, o físico Fritjof Capra autor de O Tao da Física, que fundamenta sua defesa condenando duramente os pilares da "nova economia" e o capitalismo globalizado, como o livre fluxo financeiro, que, segundo ele, adquiriu precedência sobre os direitos humanos, a proteção do meio ambiente e até sobre a própria democracia. Segundo Capra, sem o fortalecimento de um novo tipo de sociedade civil, que tenha como desafio reconstruir as regras da globalização, para priorizar a dignidade humana e a sustentabilidade ecológica, promovendo novos processos industriais, ambientalmente amigáveis, não haverá solução viável e prática. Por isso defende a multiplicação de núcleos de ecoalfabetização em escolas e universidades o que inclui a alfabetização ecológica, que é um dos seus projetos mais bem-sucedidos.

Só 46% dos cereais plantados alimentam pessoas  
Ao alcançarmos o sétimo bilhão de terráqueos em 2011, constata-se que a humanidade – através de seus governos - pouco colaboraram para encontrar solução para problemas medievais como a fome. Problema que, em pleno século XXI, faz parte do cotidiano de mais de 1 bilhões de seres humanos, segundo a FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação.

Mais uma vez, a educação é um ponto central por aperfeiçoar não só a produção mas sobretudo o consumo. A crescente riqueza em alguns países em desenvolvimento elevou a quantidade de carne consumida por pessoa na Terra em quatro vezes desde 1961.

Países antes pobres, como a China, aumentaram enormemente a demanda, e muito do gado é alimentado com grãos, cultivados em terra agricultável que podia ser usada para plantar comida. Os ricos conseguiram melhorar sua dieta, o que é bom, mas às custas dos pobres, que não têm como bancar a competição com os animais. Em 2009-2010, o mundo cultivou 2,3 bilhões de toneladas métricas de cereais. Do total, 46% foi para a boca de pessoas, 34% foi para animais e 18% foi para máquinas para produzir biocombustível, plásticos entre outros produtos.

"Capitalismo está quebrado! Instalar novo sistema?"

O capitalismo, nosso sistema econômico, não precifica gente que passa fome. A fome é economicamente invisível. A produção de alimentos de hoje podería alimentar de 9 a 11 bilhões. O problema é a desigualdade, a concentração de renda que cria os pobres que sem renda não possam se alimentar.


Para que as crianças tenham cérebros que funcionam, é preciso assegurar que tenham acesso a boa comida. Não estamos fazendo isso. Estamos desperdiçando nossas crianças sem ver o custo econômico. Há um conceito em economia chamado “custo de oportunidade”, que é o que você perde ao não explorá-la. Nosso péssimo tratamento das crianças é um custo de oportunidade enorme que não é incluído nos sistemas econômicos nacionais.

Sem uma educação para a sustentabilidade a questão do controle populacional não sairá do autoritarismo para se estabelecer como ato de livre consciência, assim como os investimentos em desenvolvimento e o uso da comida que o mundo produz hoje restringe-se à decisão de poucos. Para agravar a situação, cada vez fica mais evidente que a mudança climática, seqüela do tal modelo industrial-financeiro capitalista, é uma ameaça à produção de comida, à vida das espécies, incluindo a humana.

Outra questão correlata que também corre o risco de passar ao largo do debate na Rio+20 é exatamente a concentração da riqueza, pela primeira vez questionado frontalmente no centro político do modelo econômico através do movimento Occupy Wall Street ou Ocupe Wall Street(rua de Nova Iorque onde ficam as sedes dos principais conglomerados financeiros do planeta).

Parte da própria população dos EUA começou a questionar os lucros dos banqueiros, que a exemplo dos bancos no mundo todo, com os brasileiros, mesmo com a crise, bateram recordes impensáveis e insustentáveis.
Um grupo renitente de americanos, então enfrentando o frio e a polícia para ocupar as ruas e denunciar que 1%(um por cento) da população mundial possui quase 40% das riquezas do planeta, segundo o Credit Suisse.

O Global Wealth Report(Relatório da Riqueza Mundial) da instituição financeira suíça que fez a afirmação acima, acrescentou que os bens destes 1% cresceram 29% em apenas um ano duas vezes mais que o crescimento da riqueza total do planeta. E como no topo, o vale tudo da disputa é muito acirrado, estar entre os 1% é um risco alto. Por isso, em 2008 ano do estouro da crise, foi aprovado um “socorro” aos banqueiros de Wall Street de 600 bilhões. Diante de tal iniciativa “previdenciária” junto aos banqueiros é engraçado ver as campanhas para a diminuição dos gastos com a saúde pública feita pelo governo americano. Exemplo que tem seguidores em todo o mundo.

A desigualdade e a concentração de renda, riqueza e poder portanto, não são efeitos colaterais do sistema capitalista. Na verdade, são condições necessárias para sua reprodução. São, ao mesmo tempo, causa e efeito da crise. O neoliberalismo adotado com entusiasmo desde a década de 80 nos trouxe a este quadro.

Um quadro cujo dano mais grave, mais grave que a própria miséria, é o desgaste e a descrença na democracia, porque aniquila a possibilidade de um futuro com liberdade humana verdadeira.

Mas a liberdade, ao mesmo tempo, é uma faculdade humana que não se pode arrancar para sempre. Na primeira fissura, no menor espaço possível, as raízes dos nossos sonhos vicejam na proporção de nossa determinação e vontade consciente, para se fazer fato.

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22.11.11

Só a reforma política vai acabar com a corrupção


Reforma Política Já - Só com Pressão Popular

Estamos em Campanha pela coleta de 1 500 000 assinaturas para a nossa  Proposta para Reforma Política. Colabore divulgando e coletando assinaturas com seus amigos, parentes, vizinhos e conhecidos.
Acesse o site www.reformapolitica.org.br e baixe o formulário. Você pode também assinar online seu apoio à proposta.
PARTICIPE!!!

Acompanhe a opinião do ex-ministro José Dirceu
O ex-ministro José Dirceu (PT) disse, na noite desta quinta-feira (17/11), que a corrupção no Brasil só vai acabar se o Congresso promover uma reforma política ampla, com financiamento público de campanha. “Nós sabemos que o caixa dois, (o problema com) as emendas parlamentares têm origem no sistema de financiamento privado. Os sindicatos e os trabalhadores precisam ir às ruas para pedirem a reforma política, porque é só ela que vai acabar com a corrupção”, afirmou Dirceu, durante a abertura do 7° Congresso dos Metalúrgicos do ABC, realizado no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo.
O ex-ministro fez uma análise do cenário político e econômico do país durante o evento. Citou as recentes mobilizações nas ruas contra a corrupção, como as que ocorreram no último feriado de 15 de novembro, para afirmar que o PT e o ex-presidente Lula foram responsáveis pela defesa da ética e transparência na política nas últimas décadas, e exclamou: “essa agenda (combate a corrupção), é a nossa agenda”.   Ao rebater recentes críticas feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aos governos Lula e Dilma, disse que os principais partidos de oposição como o PSDB, DEM e PPS estão fragilizados. “A oposição não encontra eco na sociedade”.
O ex-ministro ponderou que o principal desafio do país não é acabar com a corrupção, mas se defender de eventuais vulnerabilidades diante da crise econômica mundial. “A verdadeira batalha é impedir que o Brasil seja afetado pela crise internacional”. Destacou importância das políticas econômicas adotadas pelo governo Dilma para conter a guerra cambial. “O Brasil não está vivendo mais um governo progressista, está vivendo um governo que está implementando uma política de desenvolvimento nacional. Somos afetados com a guerra cambial, o que nos levou a adotarmos algumas medidas econômicas, como o Brasil Maior”, ponderou Dirceu.
Entretanto, lembrou que essas providências não são suficientes para o país evoluir,  há de se investir na qualificação de  mão de obra e na produção de commodities.  “Para enfrentarmos o desafio não basta adotarmos somente uma política de proteção cambial, temos de fazer uma revolução tecnológica e de educação.  E, não devemos olhar a curto prazo, tem de ser a médio prazo”. Dirceu também cobrou uma postura menos rigorosa do Banco Central em relação ao controle da inflação mediante alta de juros, o que favorece a concentração de riquezas nas mãos de poucas pessoas. “Foi  importante a presidente Dilma quebrar alguns tabus com controles fiscais. Agora temos de baixar os juros.  A redução de juros e da taxa selic é a maior distribuição de renda do Brasil”.
Ponderou que, a despeito da crise mundial, o Brasil está vivendo uma conjuntura favorável. “Criamos mais de 2,5 milhões de empregos, e vamos crescer 3% neste ano, isso é inédito no mundo”.  Dirceu criticou a política neoliberal de países da União Européia e dos Estados Unidos, segundo ele a política de “Estado mínimo” desses países foi responsável pelo agravamento da crise. “Os Estados Unidos só mantém a hegemonia pelo exército e pelo dólar, e tem um  déficit de 10% do PIB. O que levou a crise foi uma aventura de especulação de hipotecas e derivativos que fez os governos salvarem os bancos. O remédio que aplicaram na Europa foi o corte de gastos com a previdência e de salários. Por isso eles terão um crescimento de menos de 1%”

Congresso – Após 40 minutos da análise feita por José Dirceu, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, abriu o 7° Congresso da categoria com um discurso otimista em relação aos progressos dos trabalhos e da indústria da Região. “Esse Congresso é o momento mais importante da nossa categoria, porque ele vai nortear a direção da nossa gestão para os próximos três anos. Somos grandes produtores de automóveis e isso é motivo de muito orgulho. Mas, precisamos ser produtores de aviões, e expandirmos outras indústrias”, avaliou.
Na ocasião, Nobre fez uma homenagem a Lula, que está em tratamento contra um câncer de laringe. Uma foto do ex-presidente foi exibida no telão e o público foi convidado a se erguer para expressar  gesto de carinho através de um coro contagiante: “ole, olá, Lula, Lula...”. O  Congresso foi renomeado de Cidadão para Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Nobre e Dirceu, a mesa do evento foi composta  pelo prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), e por lideranças sindicais.

Fonte: ABCD Maior
Por: Rodrigo Brude

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21.11.11

Boa notícia...





62 juízes sob suspeita de enriquecimento ilícito

Diz a notícia que “A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão ligado ao Conselho Nacional de Justiça, está fazendo um levantamento sigiloso sobre o patrimônio de 62 juízes atualmente sob investigação. O trabalho amplia de forma significativa o alcance das investigações conduzidas pelos corregedores do CNJ, cuja atuação se tornou objeto de grande controvérsia nos últimos meses.”

Mas há ainda importantes setores do judiciário que resistem à transparência de suas rotinas.
“Associações de juízes acusaram o CNJ de abusar dos seus poderes e recorreram ao Supremo Tribunal Federal para impor limites à sua atuação. O Supremo ainda não decidiu a questão” segue a notícia.

Ora, todo juiz é obrigado por lei a apresentar anualmente sua declaração de bens ao tribunal a que pertence, portanto o que deveria ser normal em uma democracia republicana parece ofender quem ainda resiste nos seus privilégios medievais oligárquicos. Mais uma vez, uma minoria mancha a grande maioria.

O que os corregedores do CNJ solicitam são as cópias das declarações antes de realizar inspeções nos tribunais estaduais. Os levantamentos têm sido conduzidos em sigilo e envolvem também parentes dos juízes e pessoas que podem ter atuado como laranjas para disfarçar a real extensão do patrimônio dos magistrados que por alguma discrepância entre renda e patrimônio ficaram sob suspeita.

Que estes ventos continuem a soprar para que a areia que trava a plena democracia e a justiça social seja totalmente dissipada.

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9.11.11

Para conhecer e refletir sobre a Economia Solidária


Nesta oficina vamos propor reflexões sobre como conciliar o trabalho com a felicidade apresentando a Economia Solidária tanto como alternativa no plano pessoal quanto no plano social como modelo de desenvolvimento de uma nação. Mais detalhes pelo email arroyojc@hotmail.com


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